quinta-feira, agosto 20

Maria da Penha Fernandes - há quantas delas entre nós?


Maria da Penha Maia Fernandes, mulher, brasileira, biofarmacêutica, mãe, esposa. Até aí uma mulher comum, que como tantas outras vivem suas vidas. Comum, não fosse o fato de ter se tornado, por conta da violência que sofreu, a inspiração para uma lei que neste mês de agosto de 2009 completa três anos de existência.

Durante um bom tempo da sua vida, foi vítima das crueldades do marido, o qual não merece ter sequer o nome mencionado. Numa destas tantas agressões que sofreu, perdeu a capacidade de caminhar, por ter ficado paraplégica depois de ser atingida com uma arma de fogo.

Ela perdeu sim a capacidade de caminhar, mas não perdeu a coragem. E com esta força interior lutou por 20 anos até que o agressor fosse condenado. E foi.

Aos 60 anos, com três filhas e uma vasta história de vida é hoje líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.

A exemplo de Maria da Penha, tantas outras se mobilizam em busca do cumprimento da Lei, sancionada em 7 de agosto de 2006. Pela qual há aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher, quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar.

Escrever sobre Maria da Penha, é escrever sobre um ícone vivo, que está entre nós. Uma mulher que, apesar de ter sobrevivido às inúmeras tentativas contra ela, pode morrer aos poucos se nos calarmos para a violência.

A todas as Marias que por aí estão, imploramos, não se calem! Nós também não vamos nos calar.

Mulheres do meu Rio Grande do Sul - por Sérgio Zambiasi

O grande desafio da igualdade entre os gêneros não se define como um pseudoconflito da mulher com o homem. Define-se como um processo social, histórico e cultural. Define-se como a formação de uma nova consciência, no homem, a respeito da mulher, e, na mulher, a respeito do homem. Porque não se produz verdadeira modificação em um dos gêneros sem que necessariamente aconteça a transformação no outro.
Penso que não chegaremos à plenitude da dignidade feminina, e que não alcançaremos a dignidade masculina, somente por meio da lei! Ainda que a luta pela isonomia legal seja um dos mais importantes capítulos da sacrificada trajetória da mulher, a lei produz somente igualdades formais. É no agir comunitário, na implantação de políticas, na concretude da vida que a igualdade entre os gêneros deve realizar-se.
Pela ação de cada uma de vocês - mulheres que conquistaram seus espaços sabe-se lá a que custo-, outras tantas, mais humildes, têm obtido apoio na luta por liberdade e igualdade. Apelo para que perseverem em prol dessa causa, em nome do setor mais excluido, a mulher pobre, a mulher analfabeta, trabalhadora, chefe de família, desempregada, heroína anônima para a qual a liberdade ainda é um sonho distante!
Que possamos fomentar cada vez mais nosso sonho de justiça, a partir do sentimento patriótico, constitucional, solidário, de participação comunitária direta; com ações que pela força de sua legitimidade tenham um tal poder que possam deter todas as formas de opressão e desigualdades. É esse caminho que precisamos trilhar a cada novo dia. Que as mulheres permaneçam lançando um sábio olhar sobre as batalhas que ainda precisam ser travadas e vencidas no futuro, que não são poucas nem fáceis. E que sejamos nós, os homens, co-autores deste amanhã!
Senador Sérgio Zambiasi

quarta-feira, agosto 19

Mudar por ti


A história do mundo nos mostra que durante muito tempo os homens e as mulheres não tinham os mesmos direitos e deveres. Em alguns países isso ainda acontece. Em outros, as mulheres conquistaram direitos que antes lhes eram negados. Como o direito ao voto, ao uso de pílulas anticoncepcionais.

No Brasil, as mulheres chegam a ganhar até 40% a menos do que os homens para exercer o mesmo trabalho.

Mas podemos começar a dirimir estas diferenças na nossa própria comunidade. Participando ativamente das decisões locais, indo às câmaras de vereadores, solicitando informações que possam auxiliar no esclarecimento das diferenças que ocorrem bem próximas de nós.

O que não podemos é nos calar para esta diferenciação que ainda ocorre, e que muitas vezes parte das próprias mulheres.

A mudança começa de dentro para fora. Primeiro mude em você a ideia que faz da mulher e de suas capacidades. Inicie, e o processo será mais eficiente.

Onu prioriza bem estar na maternidade


Um dos Objetivos do Milênio, idealizados pela ONU em 2000, propõe que a saúde das gestantes seja uma prioridade dos governos. De acordo com a organização, mais de 500 mil mulheres morreram em 2005 ao redor do mundo de causas direta ou indiretamente relacionadas à maternidade.

A meta é que esse número diminua em 75% até 2015. Para unir diferentes setores da sociedade em nome deste compromisso, o Ministério da Saúde brasileiro criou há cinco anos o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna, comemorado em 28 de maio. Nesta data, uma série de atividades ocorrem em todo o Brasil com o objetivo de achar soluções e alternativas para o problema.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a "morte materna" é aquela que ocorre por qualquer causa relacionada com a gravidez ou que tenha sido agravada por ela. Salvo em casos acidentais ou imprevisíveis, entram nesta categoria óbitos que tenham acontecido durante a gestação ou até 42 dias depois do parto.

De acordo com a Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR), que defende o direito à liberdade e dignidade na saúde e nos direitos sexuais e reprodutivos, muitos casos brasileiros estão relacionados à violência sexual contra meninas, responsável por muitas gestações que põe em risco a vida da mãe e do bebê.

Este problema também nos preocupa, por isso o PTBelas deverá planejar ações acerca deste tema.

A saúde da mulher


Mulheres negras latino-americanas comemoram no último dia 25 de julho, o Dia da Mulher Afro-Latinas. A data foi instituída em 1992 durante um fórum de discussões sobre temas relacionados à população negra. Para os movimentos sociais ainda é preciso avançar muito para assegurar condições de igualdade social e econômica às comunidade negras na América Latina.


Precisamos de políticas públicas para a mulher negra, principalmente na área de saúde. Nós somos muito vulneráveis a doenças e não há políticas públicas de saúde para a mulher negra. Isso também ocorre na área de cultura e no acesso ao emprego.


A questão da saúde da mulher negra á um tema importante, porque há muitas carências nessas área por falta de políticas públicas. As mulheres negras têm os maiores índices de morte materna por causas que poderiam ser evitadas. A literatura médica no mundo inteiro diz que a mulher negra é mais vulnerável a ter pressão alta na gravidez, o que pode provocar a pré-eclampsia e a eclampsia.


Quando as mulheres negras conseguem fazer o pré-natal, não conseguem fazer o número de consultas mínimas necessárias e quando conseguem, nem sempre tem atendimento adequado como a medição da pressão arterial.


Para as mulheres negras terem políticas públicas eficientes, é necessário vencer o racismo institucionalizado. É preciso fazer um diagnostico aprofundado sobre quais as verdadeiras necessidades das mulheres negras e, a partir daí ,desenvolver ações e fazer com que elas cheguem a nós. Parece simples, mas significa enfrentar uma coisa chamada racismo institucionalizado, que é o racismo que está não só nas pessoas, mas na forma como a política pública é feita todos os dias.

terça-feira, agosto 18

Queridas companheiras

Para todas vocês, este blog está sendo disponibilizado. Neste espaço faremos nossas discussões, soltaremos o verbo, e teremos a oportunidade diária de manifestar nossas ideias.

Queremos a participação de todos aqueles que se sentirem a vontade para fazer parte deste local. O PTBelas, pretende ser um lugar onde possamos nos encontrar virtualmente.

Aqui será feita a exposição de nossos conceitos e maneiras plurais de ver a política e seus desdobramentos. Representando também um espaço democrático de participação coletiva acerca de assuntos de interesse da sociedade e do público feminino.

Sejam bem vindas!